O petróleo sobe, o ouro cai e o Bitcoin está sob pressão
O ouro enfrentou uma pressão significativa, principalmente devido à força do dólar americano, que subiu mais de 0,3% em relação a uma cesta de moedas na segunda-feira.
No fim de semana, os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra três grandes instalações nucleares iranianas. O presidente Donald Trump anunciou que os ataques destruíram os locais, interrompendo efetivamente as ambições nucleares do Irã.
Trump declarou que o ataque do fim de semana foi em grande parte motivado por preocupações com o possível desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã, embora as autoridades iranianas tenham negado repetidamente essas alegações.
Os ataques dos EUA marcaram uma séria escalada no conflito do Oriente Médio, com Teerã alertando sobre uma amarga retaliação. Relatórios indicaram que o Irã poderia considerar a possibilidade de fechar o Estreito de Ormuz – uma rota crítica de navegação – em resposta.
Os temores de retaliação iraniana desencadearam um aumento acentuado nos preços do petróleo, alimentando preocupações de que os custos mais altos de energia poderiam sustentar a inflação global e, consequentemente, manter as taxas de juros elevadas por um período mais longo.
O dólar se beneficiou dessas expectativas, já tendo registrado ganhos modestos na semana anterior, depois que o Federal Reserve manteve uma postura amplamente cautelosa em relação a futuros cortes nas taxas.
Os preços do petróleo subiram acentuadamente no início do pregão asiático de segunda-feira, após os ataques dos EUA ao Irã, em meio a temores crescentes de possíveis interrupções no fornecimento no Oriente Médio, embora o petróleo tenha posteriormente perdido parte de seus ganhos iniciais.
Os ataques realizados por Washington no fim de semana tiveram como alvo três importantes instalações nucleares iranianas, provocando intensa raiva no Irã e ameaças de vingança. A mídia iraniana informou que o país estava pensando seriamente em fechar o Estreito de Ormuz.
Essa medida cortaria uma rota de navegação vital no Oriente Médio e poderia interromper seriamente o fornecimento de petróleo e gás da região.
O conflito em andamento entre Israel e o Irã, agora em seu décimo primeiro dia, tem sido um fator fundamental de sustentação dos preços do petróleo, já que os mercados temem possíveis interrupções na cadeia de suprimentos.
As hostilidades entre Teerã e Washington também podem levar a sanções adicionais dos EUA sobre o setor de petróleo do Irã, limitando ainda mais o fornecimento para partes da Ásia e da Europa.
O mercado agora está totalmente concentrado em como o Irã responderá, com relatórios sugerindo que Teerã pode ter como alvo as bases militares dos EUA no Oriente Médio.
Os futuros das ações dos EUA caíram na noite de domingo, com os investidores fugindo de ativos mais arriscados após os ataques dos EUA no fim de semana às instalações nucleares iranianas, sinalizando uma possível escalada no conflito do Oriente Médio.
Wall Street continua sobrecarregada por uma série de dados econômicos fracos e comentários hawkish do Federal Reserve na semana passada, com todos os três principais índices apresentando um desempenho semanal ruim.
Os mercados foram abalados pela alta dos preços do petróleo, aumentando as preocupações com o aumento dos custos de energia e com a inflação persistente.
No entanto, as perdas de domingo nos futuros de ações foram relativamente limitadas, uma vez que as atenções se voltaram para os próximos dados do PMI, para obter mais informações sobre a economia dos EUA. Várias autoridades do Federal Reserve, incluindo o presidente Jerome Powell, também estão programadas para falar esta semana, com o depoimento de dois dias de Powell começando na terça-feira.
Os preços do Bitcoin caíram na segunda-feira, permanecendo sob pressão após grandes perdas no fim de semana, em meio a temores crescentes de uma nova escalada no Oriente Médio após os ataques dos EUA à infraestrutura nuclear iraniana.
Embora as criptomoedas não sejam diretamente afetadas por perturbações econômicas, elas são altamente sensíveis a mudanças no sentimento do mercado devido à sua natureza especulativa. Os comentários hawkish do Federal Reserve também pesaram sobre os mercados de criptomoedas na semana passada, pois os investidores temiam que as taxas de juros dos EUA permanecessem mais altas por mais tempo.
Resumo do desempenho do mercado:
Após os ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas no fim de semana, os mercados globais tiveram reações rápidas e variadas nas principais classes de ativos:
- Preços do petróleo: Aumentaram significativamente no início das negociações de segunda-feira, com os mercados avaliando o risco de grandes interrupções no fornecimento no Oriente Médio. Apesar de ter desistido de parte do aumento inicial, o petróleo permanece em níveis elevados devido às preocupações atuais.
- Ouro: Ao contrário dos movimentos típicos de redução de risco, os preços do ouro caíram sob a pressão do fortalecimento do dólar dos EUA, que ganhou mais de 0,3% em relação às principais moedas. O dólar mais forte limitou o apelo do ouro como um porto seguro.
- Futuros de ações dos EUA: Caíram modestamente, já que os investidores se afastaram dos ativos mais arriscados, refletindo a cautela com a possível escalada do conflito e o impacto do aumento dos preços do petróleo sobre a inflação e os custos corporativos.
- Criptomoedas: O Bitcoin e outros ativos digitais permaneceram sob pressão após sofrerem perdas significativas no fim de semana. O aumento das tensões geopolíticas e as expectativas de taxas de juros altas prolongadas pesaram sobre os ativos especulativos.
As greves injetaram uma nova volatilidade nos mercados globais, aumentando a demanda por ativos mais seguros em alguns setores e, ao mesmo tempo, impulsionando o dólar americano e os preços da energia.
Conclusão:
Os ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas reacenderam os temores geopolíticos, provocando uma reação complexa do mercado: alta nos preços do petróleo, queda no mercado de ouro, pressão sobre as criptomoedas e cautela nas negociações de ações. Os investidores agora aguardam a próxima ação do Irã, que pode abalar ainda mais os mercados globais.